Começou o merchandising político

Após a unificação da Península Itálica, em 1870, antes dividida em reinos, ducados e Estados Pontifícios, os chefes do movimento
Risorgimento tomaram consciência que não bastava transformar a Itália num país unificado, era preciso forjar na população o sentimento de pertença a uma nova identidade política nacional: os italianos.

Um século depois, apesar dos regionalismos, há um
Nós, os italianos. Napolitanos, venezianos, sicilianos e romanos são cidadãos italianos, partilham a mesma cultura e identificam-se como italianos.
Processo semelhante está a ocorrer na Europa com o processo de unificação europeia. Há quem diga que com o Tratado de Lisboa, a Europa, enquanto união política, está concretizada. Há leis e instituições políticas comuns; O euro, a bandeira azul com as doze estrelas e o Hino da Alegria representam a União Europeia. Falta criar nos povos da Europa, do Atlântico ao Mar Negro, da Ilha de Malta à Escandinávia, a consciência de que formam um “NÓS, os europeus”.
As eleições para o Parlamento Europeu em Junho, em todos os países da União Europeia, poderão servir para fortalecer o sentimento de pertença à mesma unidade política.

Todavia, a História tem revelado que a pedagogia para a formação de uma consciência europeia é ofuscada, durante a campanha eleitoral, pelo merchandising partidário.
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