
Na era de Scolari os portugueses tinham orgulho da sua selecção de futebol. Os resultados alcançados no Euro 2004, em Portugal; no Campeonato do Mundo de 2006, na Alemanha e no Euro de 2008, na Suiça, guindaram a selecção nacional ao TOP TEN do futebol mundial, feito jamais atingido por outros treinadores.


O treinador da selecção portuguesa de futebol é um homem afável. Educado, trata com urbanidade as pessoas com quem se relaciona. Na maneira de ser e de estar identifica-se com a cultura urbana. Uma das suas primeiras medidas foi acabar com a música pimba na selecção e com a invocação de santinhas, incluindo, certamente, a protecção de Nossa Senhora de Caravaggio nos jogos de mata-mata.


Melhor sorte com a comunicação social teve o sucessor. Apesar de a selecção ter caído a pique no rang da FIFA e de entre Mister Queiroz e o povo não haver empatia, a comunicação social tem sido extremamente simpática com ele. À falta de resultados que restaurem o orgulho de ser português, valoriza-se o passado do professor enquanto seleccionador da equipa de Sub 21.

Carlos Queiroz e Scolari simbolizam as duas faces de Portugal, o cosmopolita e o tradicional. Virado para uma classe média urbana, formatada na ideia de que o que se faz lá fora é bom, fundou no concelho de Oeiras, no Parque Desportivo Carlos Queiroz, uma soccer school, com patrocínio do Manchester United. A escolinha de futebol, de acordo com cartazes estrategicamente colocados no Porto de Recreio de Oeiras, tem, escritos em inglês, programas "after school" e "Saturday class". Os preços praticados seleccionam os alunos, oriundos de famílias predispostas a pagar um preço elevado para terem os filhos na prestigiada escola. Não se sabe se terão talento para chegar à craveira de um Cristiano Ronaldo, formado, inicialmente, na escola da rua. Todavia, na óptica de obtenção de prestígio e status social elevado, o mais importante é a própria frequência da soccer school.


E agora, professor?
Eu não acredito nesta selecção sem garra e sem alma mas desejo o apuramento do meu país para o Mundial de 2010. Dez anos depois de ter recorrido pela última vez à calculadora, Portugal volta a fazer contas para garantir a classificação para uma grande competição de futebol. Nas eliminatórias para o Mundial de 2010, na África do Sul, a seleção portuguesa precisa vencer os dois últimos jogos, contra Hungria e a Malta, ambos em casa, e esperar por um deslize da Suécia para garantir um lugar na repescagem.
Esperança Renasce
Hoje a Suécia perdeu por 2 - 0 contra a Dinamarca e no Estádio da Luz fez-se luz, Portugal, ganhou por 3 - 0 à Hungria. A selecção nacional já não depende de terceiros para estar presente em 2010 na África do Sul!
3 comentários:
E vamos lá ver hoje como eles se safam...Também queria ver a nossa Selecção no Mundial.Ter Esperança tem de ser,mas que custa,custa...ver esta equipe tão pouco animada,o orgulho pela camisola e pela pátria nao transparece...enfim,quero o Rui Costa,o Fernando Couto,o Figo,até podem trazer o Eusébio :) Nesses tempos ganhavam pouco e lutavam muito.Hoje é o contrário...Comigo ficavam sem salário até jogarem como deve ser,podiam nao ganharem,mas haveria garra para tal.
Aproveito e deixo um convite: participe na Blogagem de Dezembro do blogue www.aldeiadaminhavida.blogspot.com
Basta enviar um texto máximo 25 linhas e 1 foto para aminhaldeia@sapo.pt até dia 8 de Dezembro. Participe. Haverá prémios e boa convivência!
Jocas gordas
Lena
Esqueci-me de referir que o tema da blogagem de Dezembro é: O Natal na minha Terra.
Jocas gordas
Lena
As palavras do seleccionador brasileiro de futebol, Dunga, chamando à sua congénere portuguesa de "Brasil B", irritou os mais pudicos, até aqueles que, ironicamente, regaram com champanhe os desaires de Portugal contra a Grécia no Euro 2004 - os que Scolari mandou bugiar. Mas porventura Dunga disse alguma mentira? Não foi a Federação Portuguesa de Futebol que transformou a Selecção num protectorado brasileiro que mal sabe cantar o hino nacional, ou estará mais preocupada em agradar aos patrocinadores que lhe enchem os cofres de milhões em detrimento da identidade desportiva do seu próprio país? O estatuto de utilidade pública desportiva que goza deveria ser suficiente para se pôr a jeito de não ouvir estes sarcasmos, limpando a imagem do futebol nacional, afectada por "apitos", deixando de lado a subserviência a certos clubes e a reverência a certos homens do futebol de índole duvidosa.
http://dylans.blogs.sapo.pt/
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